quinta-feira, 29 de março de 2012

Revolução Silenciosa

Revolução Silenciosa

Desde o surgimento da escrita, da imprensa com Gutemberg no século xv, o telégrafo com o código Morse, o telefone com Graham Bell e Elisha Gray, nada, nenhuma invenção foi disseminada com tamanha velocidade como o avanço das tecnologias de informatização das Telecomunicações,  a nossa internet.
Nas décadas de 1960 e 70, receber um Telegrama representava uma sensação incrível de ansiedade. Só se enviava alguma informação via Telegrama, quando a coisa era realmente seria e urgente. Se pagava um pouco mais pela rapidez, mas era  acessível, dada a importância do que se queria comunicar, e o valor era estimado pelo número de palavras utilizadas nas mensagens. 
Nas décadas seguintes (80 e 90), até a virada do século xx, o telefone fixo era uma ideia fixa que jamais se imaginaria sofresse tamanha transformação. Havia a figura da telefonista, que talvez, Beto Guedes já prevendo seus destinos, as homenageou na música Feira Moderna. A telefonista fazia a conexão da cabine telefônica com a pessoa ou local com o qual desejássemos falar, recebia a conta e os trocos das fichas locais ou DDD.
Com a informatização dos meios de comunicação, a informação tomou tamanha velocidade, que nem mesmo os jornais impressos conseguem acompanhar, mesmo porque os mesmos meios que noticiam se encarregam de disseminar a notícia. Figuras clássicas de intelectuais, jornalistas começam a rarear no mercado. A sociedade de consumo impulsiona regras que não se pode conter. A informação é de todos para todos. Qualquer pessoa, em qualquer lugar pode ser veículo de um flagrante, um furo. Não querendo ser pessimista à classe dos jornalistas, mas parece que a teoria da evolução das espécies volta à tona. Só os mais aptos sobreviverão!
A geração X, passa os dias nos cybers conectando inúmeros programas (software), exercitando suas curiosidades e inteligências com os joguinhos de Java e terminam o dia interagindo com o playstacion de ultima geração na sala de estar. E o que dizer da nova geração que já se alfabetiza com iPadi nas mãos, acessando com um toque, ouvindo, lendo e virando páginas virtuais, que nunca envelhecerão, tampouco irão para o “sebo da esquina”. Olhando por esse prisma a inclusão digital, breve será coisa do passado. Nas agências bancárias, os terminais informatizados, the Money é apenas um símbolo que na carta de credito concretiza o busines. E ao cair da tarde todos voltam para casa no afã da novidade do amanhã!
Em síntese, a web, a internet, tomam proporções de velocidade, na velocidade da luz, de um dia para outro. Dorme-se com uma tecnologia e acorda-se com outra nova, numa fabulosa, ávida e incessante domínio de produção de produtos variados. Via satélite, em poderosas campanhas silenciosas que tendem levar o homem a relações mais  dignas e cordiais, a revolução se move, como foi o caso da Primavera Árabe que derrubou governos ditatoriais de décadas no Egito e na Tunísia, a  Lei da Ficha Limpa, e mais recentemente a luta e a dedicação de Eliana Calmon pelo reconhecimento do Conselho Nacional de Justiça pelo Supremo Tribuna Federal, que deliberou legal a atuação daquele Conselho, em nosso País.
Tudo silenciosamente conduzida pela sociedade organizada utilizando esta revolucionária e fantástica ferramenta a serviço de melhores dias para todos os povos que nela interagem em favor da informação, da ética e da Justiça, organizando e livrando-a do caos!


Paulo PH

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