terça-feira, 25 de junho de 2013

Brasil: O País dos Protestos

Brasil, o País dos Protestos!
Após a conquista do tricampeonato mundial de futebol, em 1970, realizado no México, o Brasil, então, sob as mãos de ferro do severo regime militar, passou a ser conhecido mundialmente como o “País do Futebol”, designação esta que caia como uma luva para mascarar problemas latentes, como liberdade de expressão, saúde, educação, transporte, moradia, entre outros. Após a abertura política, ocorrida em 1979, aos poucos, foi-se reestabelecendo o regime democrático, em que a direita, ainda valendo-se do discurso do Brasil “País do futebol”, mais uma vez mascarava a terrível realidade de um país rico, estagnado social e economicamente, com altos índices de miserabilidade, mortalidade infantil, desemprego, onde uma pequena cúpula dominava, e, em excusas transações negociava estatais rentáveis como a Vale do Rio doce, etc. Entretanto, após o movimento pelas Diretas Já, a população jovem do país, comandada pelas bandeiras da esquerda, PT, PCB, PC do B, PSTU, centro esquerda PMDB, PSB, e, direita PSDB, enfrentou mais uma vez repressão, cavalaria, polícia de choque, e, após muita batalha conseguiu eleger o primeiro presidente de esquerda, o ex-torneiro mecânico Luiz Inácio da Silva, o Lula. O governo Lula, ainda que, em meio a escândalos políticos, envolvendo a alta cúpula do PT (mensalão), conseguiu estabelecer uma política econômica estruturada, elevando o PIB, o IDH de parcela expressiva da população, historicamente menos favorecida. Com a valorização do salário mínimo do trabalhador brasileiro, possibilitado pela estabilidade econômica e controle da inflação, novas classes sociais foram emergindo, formando as classes C, D, decisivas para a eleição da então presidente Dilma Roussef. Com a proposta da realização da Copa do Mundo de 2014, e, das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2017 em nosso país, altíssimos investimentos tiveram que ser feitos na construção de novos estádios e melhoramento em infra-estrutura para atender à demanda do público que irá prestigiar os eventos. Em meio a tantos gastos, o colapso da saúde, transporte urbano, e, mesmo certa instabilidade causada por ligeiro descontrole da inflação, reflexo da crise econômica mundial, que acredita-se ter demorado a percutir na economia do país. O fato é que, novamente a insatisfação social trouxe uma série de manifestos pelos quatro cantos do país que traz como principais pautas, a corrupção, reforma política, melhorias consideráveis na saúde, educação, transporte urbano, etc. Do ponto de vista de político, as manifestações estão como um sintoma da insatisfação e luta por uma série de novas conquistas que entram na pauta de um país moderno e que muito anseia por gozar verdadeiramente os direitos de ter nascido em um “berço esplêndido”, e que, desde a origem vem-nos sendo subtraído, principalmente pelas tradicionais classes políticas dominantes, que representam as velhas oligarquias rurais, muito reavivadas com o agronegócio da soja e pecuária, e, a ala empresarial industrial arraigada a valores ultrapassados de consórcio com o capital estrangeiro, fortemente representados pela direita que apresentam-se vestidos de cordeiros, mas que traz consigo o espectro sombrio do militarismo do reacionarismo, do individualismo. Enfim, graças a emancipação das esquerdas, podemos hoje, ir para as ruas e manifestar nossos descontentamentos, imprescindível para a consolidação da democracia, reflexo de melhorias na política educacional, como a ampliação do ingresso às universidades. Necessariamente, graças às lutas e manifestações sociais em nosso país, o Brasil já não é mais o “país de futebol”, mas, o país do protesto, da manifestação, pra gringo ver e aplaudir! E vamos pras ruas manifestar nosso descontentamento com políticos salafrários, que perderam o trem da história, e querem subtrair nossas conquistas, com projetos como a PEC 37, que tira do Ministério Público o poder de investigação! E Vamos pras ruas! Viva as manifestações populares !!!!

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