terça-feira, 28 de junho de 2011

Cachoeira grande

Ao contrário do que aprendemos nas salas de aula, nas esquinas, ou mesmo nas ruas de nossa cidade. os primeiros habitantes de nosso torrão, podem não ter sido os indios Pauxis,e sim, os gentios Kaxuianas, que na linguagem tupi designa Cachoeira Grande. E considerando o aspecto linguistico, Pauxis seria uma corruptela dos vocábulos tupis: Paua= lago; Uxi= negro, logo, lago negro, as margens do qual habitavam os gentios Kaxuianas. Ainda partindo do princípio linguistico outros vocábulos semelhantes em tupy comprovam a tese (linguistica), como é o caso das seguintes palavras: Jeretepau ou no original Yauaretepaua; paupixuna ou Ypauapixuna ou o mais importante sítio arqueológico existente na Comunidade Arapucú,.Arapuanã ou Arapauanã.

O pouco que se conhece a respeito dos Kaxuianas encontra-se nos registros das missões jesuitas que remanejaram as tribos indígenas aqui existentes e mais outras de Alenquer e região, no momento crucial de desaculturação para a Missão Tyrió, onde ainda hoje resistem e existem Dessa maneira, o fato não tende a ser uma verdade absoluta, pois não tem comprovação acadêmica, científica como testes com carbono 14 para determinar ao menos o tempo em que os utensílios e artefafatos em exposição no museu de óbidos existem, senão e apenas como especulação linguistica-factual, mas levando em conta a existencia desses grupos indígenas e sua importancia no povoamento e na construção de nossos mais valiosas construções arquitetônicos como é o caso do Forte Pauxis , e mesmo da Igreja de Santana, poderíamos nos propor a pesquisar nossos antepassados para elucidar a memória e a identidade verdadeira de nossa cultura, pois um povo sem memória é um povo sem identidade.

Exemplo típico ocorre com o nome de nossa cidade, assim como outras tantas em nosso país. É o nome Óbidos em tributo ao colonizador português que desaculturou e expulsou os verdadeiros donos da terra, pouco deixando da presença desse povo que nos legou a  hospitalidade  e o folclore dos cordões de pássaros como Jaçanã, Arara, Garcinha; Cardeal e até mesmo o tum-tum-tum festivo dos tambores dos bois-bumbás Pai-do-Campo, Pintadinho. Mas o que se dizer do costume desses ancestrais em cultuar pássaros como o Mutum e os já citados? Seriam um povo voltado para a preservação das belezas naturais? E se fossem não mereceriam um reconhecimento por já posuírem essa consciencia? Como a Preservação de sua Memória? E então, em vez de Óbidos poderíamos chamar nossa cidade de Jaçanã do Norte? Mutum do Pará? ou em Tributo aos negros escravizados que juntamente com os índios construíram o Forte Pauxis e a Igreja de Santana, poderíamos chamar Óbidos de Aruanda ou para ser mais democráticos São João de Aruanda, assim como São João del Rei em Minas Gerais? Serra da Escama como em São Paulo ha Serra Negra. Ou Santana assim como Mariana, Também em Minas Gerais.

O fato é que pouco se conhece sobre as Cartas Régias do tutor de D. José I, o Marquês de Pombal que dentre outras medidas proibia o casamento entre brancos e indios, e que também oficializava a língua portuguesa como a Língua oficial do Brasil. Em detrimento ao Tupy e ao Nheengatú predominante em todo o litoral do Brasil. E a isto chamamos de dominação linguística. E ao que restar substrato linguístico. Assim foi se formando o Brasil. Aos Tamoios, São Sebastião do Rio de Janeiro, Aos Kaxuianas, Óbidos.

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